21 de dezembro de 2010

Corregedoria prende policial suspeito de vender medicamentos proibidos

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo prendeu um policial suspeito de vender medicamentos proibidos pela internet.
Frascos de anabolizantes de várias marcas, alguns de uso veterinário, remédios para emagrecer, seringas descartáveis e ainda munição, acessórios e armas de uso restrito.
O dono de tudo isso é um policial civil de Santo André, no ABC paulista. Ele está preso na Delegacia de Crimes Funcionais. Ele vendia as mercadorias ilegalmente para todo o país. Durante dois meses, os policiais da corregedoria monitoraram os negócios que o investigador fazia eletronicamente. E foi pela internet que ele acabou descoberto.
Um delegado criou um nome fictício: Sérgio. E de dentro da delegacia negociou a compra. Na troca de mensagens, ele disse: “Aqui é o Sérgio. Recebeu meu e-mail ontem? Confirmou o depósito?”. O vendedor, que se apresenta como Carlos, responde: “Confirmei. Amanhã cedo tô enviando pra você”. Dias depois, apenas a primeira encomenda foi entregue, o Lipostabil, um remédio para o coração, proibido em 2003, que era usado para emagrecer.
Eles voltam a conversar pela internet. O delegado cobra o segundo medicamento. “Chegou o Lipostabil, mas não veio o Durateston”. O vendedor quer mais informações. “Quantos você pediu? Qual valor que você depositou?”. O delegado responde. “Depositei 200. Pedi três”.
Logo em seguida, a encomenda chegou. O Durateston é um derivado da testosterona, o hormônio masculino, que ajuda a desenvolver a musculatura. O remédio só pode ser vendido com receita médica, é controlado, porque se consumido em excesso pode levar à morte.
De acordo com a corregedoria, não é a primeira vez que um policial se envolve nesse tipo de comércio ilegal.
“Talvez pela facilidade pra trazer. Ele busca no Paraguai, traz pra cá com uma certa facilidade, por ser policial, muitas vezes consegue passar em fiscalizações, não é parado, quando parado se apresenta como policial e consegue seguir o caminho, a viagem”, explica Camilo Pastor Veiga, da Corregedoria da Polícia Civil - SP.


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