20 de maio de 2009

LADRÃO DE GALINHAS




O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza
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Em Camocim um homem foi em cana, por que comprou de um desconhecido algumas galinhas, o que ele não sabia era que as mesmas tinham sido roubadas na noite anterior. Comprou, pagou e quando levava as galinhas para casa, uma senhora as reconheceu e disse: Essas galinhas foram roubadas ontem do meu galinheiro, aí a confusão estava feita, por fim o homem foi para a cadeia. Acredito ser mínimo o número de pessoas em nosso país que desconheçam o significado da expressão: ladrão de galinhas. Usada, na maioria das vezes, para qualificar o pequeno ladrão.
Lembrei-me do discurso de um politico que disse: Não é só aqui, como também não é de hoje. No Sermão do Bom Ladrão, escrito em 1655, Padre vieira escreveu: Navegava Alexandre Magno em uma poderosa armada pelo Mar Vermelho, com o intuito de conquistar a Índia, quando em uma das aldeias conquistadas, trouxeram à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores. Alexandre o repreendeu com severidade por andar em tão mau ofício; porém, o pirata, que não era medroso, nem lerdo, assim respondeu: Basta, Senhor! Porque eu roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?
Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu uma grande tropa levar uns ladrões para a forca, e começou a bradar: Lá vão os ladrões grandes a enforcar os pequenos. Pois é! Essa história de “o roubar pouco é culpa, o muito ser grandeza”; fez escola, principalmente no Brasil e mais acintosamente nestes últimos anos.
Salve-se... Quem puder.


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